CESE E COIAB lançam 2º Edital para fortalecer a Gestão Territorial e Ambiental das Terras Indígenas da Amazônia Legal
Com apoio do Fundo Amazônia/BNDES, edital vai destinar até R$ 8 milhões a projetos de organizações indígenas atuantes na região. A Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) em parceria com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), lança hoje (01), o 2º Edital Dabucury: Compartilhando Experiências e Fortalecendo a Gestão Etnoambiental das Terras Indígenas da Amazônia Brasileira. A iniciativa, financiada pelo Fundo Amazônia/BNDES, apoiará até 30 projetos de gestão territorial e ambiental indígena em nove estados da Amazônia Legal, totalizando até R$ 8 milhões em investimentos.
Prêmio Zanetti de Direitos Humanos” para organizações populares de todo o país
Inspirada no amoroso revolucionário, colega de equipe da CESE, e militante histórico na luta por direitos no Brasil, José Carlos Zanetti (1946 -2022), a Coordenadoria Ecumênica de Serviço comunica o lançamento do edital “Prêmio Zanetti de Direitos Humanos”. A finalidade do edital é destacar o compromisso da organização com a garantia dos direitos humanos para todas as pessoas e dar visibilidade a experiências relevantes na defesa de direitos.
Apoio para participação na III Marcha das Mulheres Indígenas
Chamada Pública de Pequenos Projetos, apoio para participação na III Marcha das Mulheres Indígenas, no âmbito da iniciativa Patak Maymu: Autonomia e participação das mulheres indígenas da Amazônia e do Cerrado na defesa de seus direitos. A iniciativa busca fortalecer o
protagonismo de mulheres indígenas e suas organizações, e contempla uma ampla diversidade de povos indígenas e contextos vivenciados.
Amazônia de Todas as Lutas: Direitos e Espiritualidades para o Bem Viver
Edital para apoiar ações contra os fundamentalismos e pela defesa de direitos na Amazônia Legal: “Amazônia de Todas as Lutas: Direitos e Espiritualidades para o Bem Viver.” A iniciativa foi destinada a povos indígenas, comunidades tradicionais (especialmente quilombolas), igrejas e organismos ecumênicos, grupos inter-religiosos e de matriz africana dos nove estados que compõem a Amazônia brasileira: Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Povos do Cerrado enfrentando as Mudanças Climáticas: Direitos Territoriais e Sistemas Alimentares
Edital de apoio a projetos “Povos do Cerrado enfrentando as Mudanças Climáticas: Direitos Territoriais e Sistemas Alimentares”. A iniciativa buscou contribuir com povos indígenas, comunidades tradicionais, extrativistas, ribeirinhas, camponesas, quilombolas, mulheres, juventudes, entre outros, nos seus processos de defesa dos direitos territoriais e de fortalecimento de sistemas alimentares, no âmbito do Cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (MATOPIBA).
Edital de apoio a projetos “Juventudes e Direitos Digitais”. A iniciativa visou fortalecer o protagonismo da juventude e suas organizações nos processos de participação social e política, tendo como foco os diretos digitais, e foi destinada a associações, movimentos sociais, redes e articulações, grupos de base comunitária, coletivos, grupos informais, organizações baseadas na fé (igrejas, terreiros, etc) e entre outros, com prioridade para organizações populares de juventude ou que apresentem histórico de atuação nesse segmento.
A luta antirracista é o grande mote das nossas ações que tem um dos principais objetivos o enfrentamento ao racismo religioso e a violência, que tem sido crescente no estado do Maranhão. Por tanto, a parceria com a CESE nos proporciona a construção de estratégias políticas e de ações em redes, nos apoia na articulação com parcerias que de fato promovam incidência nas políticas públicas, proposições institucionais de enfrentamento a esse racismo religioso que tem gerado muita violência. A CESE nos desafia na superação do racismo institucional, como o grande vetor de inviabilização e da violência contra as religiões de matrizes africanas.
A CESE foi criada no ano mais violento da Ditadura Militar, quando se institucionalizou a tortura, se intensificaram as prisões arbitrárias, os assassinatos e os desaparecimentos de presos políticos. As igrejas tiveram a coragem de se reunir e criar uma instituição que pudesse ser um testemunho vivo da fé cristã no serviço ao povo brasileiro. Fico muito feliz que a CESE chegue aos 50 anos aperfeiçoando a sua maturidade.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
Há muito a celebrar e agradecer! Nestes anos todos, a CESE tem sido uma parceira importantíssima dos movimentos e organizações populares e pastorais sociais. Em muitos casos, o seu apoio foi e é decisivo para a luta, para a vitória da vida. Faz as exigências necessárias para os projetos, mas não as burocratiza nem as excede. O espírito solidário e acolhedor de seus agentes e funcionários faz a diferença. O testemunho de verdadeiro ecumenismo é uma das suas marcas mais relevantes! Parabéns a todos e todas que fazem a CESE! Vida longa!
Celebrar os 50 anos da CESE é reconhecer uma caminhada cristã dedicada a defesa dos direitos humanos em todas as suas dimensões, comprometida com os segmentos mais vulnerabilizados da população brasileira. E valorizar cada conquista alcançada em cada luta travada na busca da justiça, do direito e da paz. Fazer parte dessa caminhada é um privilégio e motivo de grande alegria poder mais uma vez nos regozijar: “Grande coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres!” (Salmo 126.3)
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
Comecei a aproximação com a organização pelo interesse em aprender com fundo de pequenos projetos. Sempre tivemos na CESE uma referência importante de uma instituição que estava à frente, na vanguarda, fazendo esse tipo de apoio com os grupos, desde antes de outras iniciativas existirem. E depois tive oportunidade de participar de outras ações para discutir o cenário político e também sobre as prioridades no campo socioambiental. Sempre foi uma troca muito forte.
A CESE completa 50 anos de testemunho de fé ativa no amor, faz jus ao seu nome. Desde o início, se colocou em defesa dos direitos humanos, denunciou atos de violência e de tortura, participou da discussão de grandes temas nacionais, apoiou movimentos sociais de libertação. Parabéns pela atuação profética, em prol da unidade e da cidadania. Que Deus continue a fazer da CESE uma benção para muitos.
Quero muito agradecer pela parceria, pelo seu histórico de luta com os povos indígenas. Durante todo o tempo que fui coordenadora executiva da APIB e representante da COIAB e da Amazônia brasileira, nós tivemos o apoio da CESE para realizar nossas manifestações, nosso Acampamento Terra Livre, para as assembleias locais e regionais. Tudo isso foi muito importante para fortalecer o nosso protagonismo e movimento indígena do Brasil. Deixo meus parabéns pelos 50 anos e seguimos em luta.