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DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO | 2º Banquetaço Bahia acontece dia 16 de outubro, no Pelourinho, em Salvador
14 de outubro de 2019
No Dia 16 de Outubro, Dia Mundial da Alimentação, mais de 70 parceiros que atuam no campo da Soberania e Segurança Alimentar promovem o 2o Banquetaço Bahia, que, desta vez, acontece no Pelourinho, em Salvador, a partir das 10h30. O evento deverá ter quatro horas de duração e contará com apresentações culturais das Filhas de Ghandi, Gabriel Povoas, entre outros, com debate sobre alimentação e o banquete com 500 refeições para quem circular pelo local.
O evento é a segunda edição de uma ação política promovida pelo Banquetaço, um movimento nacional e apartidário que denuncia a fome, o uso de agrotóxicos e defende comida saudável para todos. A atividade pretende ainda mobilizar a população para a Conferência Nacional, Popular, Autônoma: por Direitos, Democracia e Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, a ser realizada em 2020.

Vários restaurantes da região emprestaram as cozinhas, onde cozinheiros, gastrônomos, chefs e nutricionistas vão executar os cardápios discutidos coletivamente a partir dos alimentos recebidos como doação principalmente dos produtores agroecológicos da Bahia. Os alimentos estão chegando de várias regiões como Irecê, Feira de Santana, Camamu, Cachoeira, Santo Amaro, entre outras.
No mesmo dia, acontecerão duas oficinas sobra Alimentação Saudável em escolas da rede pública de ensino, com o grupo Canteiros Coletivos, parceiro do Banquetaço Bahia. O 1º Banquetaço-BA foi realizado na quarta-feira de Carnaval, no Porto da Barra, na Casa Mídia Ninja, quando foram servidas mais de 800 refeições, em defesa do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), então extinto pelo governo federal em janeiro desse ano.
Contatos:
Sandra Chaves, ex-conselheira nacional do Consea e professora da Escola de Nutrição da UFBA: 71 98256-1813
Janete Catarino, produtora cultural, 71 99111 1938
Débora Didonê, Canteiros Coletivos, 71 99148 5663
Realizam o 2o Banquetaço Bahia:
. Agentes de Pastoral Negros do Brasil – APNs
. AMA – Associação Mulheres e Amigos da Arte
. Acbantu – Associação Nacional Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu
. Balé Folclórico da Bahia
. Casa do Benin
. Casa de Cecília – Ervas e Servicos
. Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida
. Canteiros Coletivos
. CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço
. Colégio Nossa Senhora da Conceição
. Conselho Regional de Nutricionistas da 5ª Região – CRN5
. Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) Bahia
. Consea de Simões Filho
. Coopercuc
. Copirecê
. Cooperativa de Produção Camponesa da Bahia – CPC Bahia
. Cooperativa de Pintadas – Coopsertão
. DA Gastronomia UFBA
. DA Nutrição UFBA
. Escola de Nutrição da UFBA
. Fazenda Tadari Orgânicos
. Feira Agroecológica da UFBA
. Filhas de Gandhi
. Fundação Casa de Jorge Amado
. Fundação Terra Mirim – Centro de Luz
. Mandato da Vereadora Marta Rodrigues
. Mandato Ecossocialista e do Bem Viver do Vereador Marcos Mendes
. Midia Ninja
. MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores
. MST – Movimento dos Sem Terra/Bahia
. MUHCAB – Museu de História e Cultura Afro Brasileira
. PET Nutrição UFBA
. Porã Orgânicos
. Rango Vegan
. Rede PANC Bahia – Rede de Plantas Alimentícias Não Convencionais da Bahia
. Rede Raizes do Brasil
. Restaurante Quioiô
. SASOP- Serviço de Assessoria à Organizações Populares Rurais
. Sesc/Senac
. Slow Food Bahia
. Tororó Resiste
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Eu preciso de recursos para fazer a luta. Somos descendentes de grupos muito criativos, africanos e indígenas. Somos na maioria compostos por mulheres. E a formação em Mobilização de Recursos promovida pela CESE acaba nos dando autonomia, se assim compartilharmos dentro do nosso território.
Há vários anos a CESE vem apoiando iniciativas nas comunidades quilombolas do Pará. A organização trouxe o empoderamento por meio da capacitação e formação para juventude quilombola; tem fortalecido também o empreendedorismo e agricultura familiar. Com o apoio da CESE e os cursos oferecidos na área de incidência política conseguimos realizar atividades que visibilizem o protagonismo das mulheres quilombolas. Tudo isso é muito importante para a garantia e a nossa permanência no território.
Somos herdeiras do legado histórico de uma organização que há 50 anos dá testemunho de uma fé comprometida com o ecumenismo e a diaconia profética. Levar adiante esta missão é compromisso que assumimos com muita responsabilidade e consciência, pois vivemos em um país onde o mutirão pela justiça, pela paz e integridade da criação ainda é uma tarefa a se realizar.
Eu acho extraordinário o trabalho da CESE, porque ela inaugurou outro tipo de ecumenismo. Não é algo que as igrejas discutem entre si, falam sobre suas doutrinas e chegam a uma convergência. A CESE faz um ecumenismo de serviço que é ecumenismo de missão, para servir aos pobres, servir seus direitos.
Conheço a CESE desde 1990, através da Federação de Órgãos para Assistência Social (FASE) no apoio a grupos de juventude e de mulheres. Nesse sentido, foi uma organização absolutamente importante. E hoje, na função de diretor do Programa País da Heks no Brasil, poder apoiar os projetos da CESE é uma satisfação muito grande e um investimento que tenho certeza que é um dos melhores.
Parabéns à CESE pela resistência, pela forte ancestralidade, pelo fortalecimento e proteção aos povos quilombolas. Onde a política pública não chega, a CESE chega para amenizar os impactos e viabilizar a permanência das pessoas, das comunidades. Que isso seja cada vez mais potente, mais presente e que a gente encontre, junto à CESE, cada vez mais motivos para resistir e esperançar.
Minha história com a CESE poderia ser traduzida em uma palavra: COMUNHÃO! A CESE é uma Família. Repito: uma Família! Nos dois mandatos que estive como presidente da CESE pude experimentar a vivência fraterna e gostosa de uma equipe tão diversificada em saberes, experiências de fé, histórias de vida, e tão unida pela harmonia criada pelo Espírito de Deus e pelo único desejo de SERVIR aos mais pobres e vulneráveis na conquista e defesa dos seus direitos fundamentais. Louvado seja Deus pelos 50 anos de COMUNHÃO e SERVIÇO da CESE! Gratidão por tudo e para sempre!
A gente tem uma associação do meu povo, Karipuna, na Terra Indígena Uaçá. Por muito tempo a nossa organização ficou inadimplente, sem poder atuar com nosso povo. Mas, conseguimos acessar o recurso da CESE para fortalecer organização indígena e estruturar a associação e reorganizá-la. Hoje orgulhosamente e muito emocionada digo que fazemos a Assembleia do Povo Karipuna realizada por nós indígenas, gerindo nosso próprio recurso. Atualmente temos uma diretoria toda indígena, conseguimos captar recursos e acessar outros projetos. E isso tudo só foi possível por causa da parceria com a CESE.
A luta antirracista é o grande mote das nossas ações que tem um dos principais objetivos o enfrentamento ao racismo religioso e a violência, que tem sido crescente no estado do Maranhão. Por tanto, a parceria com a CESE nos proporciona a construção de estratégias políticas e de ações em redes, nos apoia na articulação com parcerias que de fato promovam incidência nas políticas públicas, proposições institucionais de enfrentamento a esse racismo religioso que tem gerado muita violência. A CESE nos desafia na superação do racismo institucional, como o grande vetor de inviabilização e da violência contra as religiões de matrizes africanas.
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE